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segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Sempre aos domingos


Segunda feira, 5 de dezembro de 2011.
Poderia ser só mais uma data, uma mera segunda-feira, mas pelo menos para mim, é um dia especial.
Sabem de uma coisa; a vida nos reserva surpresas, agradáveis ou não, mas sobretudo  surpresas diárias, e só com a idade, percebemos que, ela proporciona de bom mesmo, é a tal da experiencia, pois de resto,  vem as dores e os males propícios da idade, a queda dos cabelos, a grisalha inevitável, e começamos ver aqueles que amamos partir aos poucos.
Eu não sou como o Garfield, que odeia segundas-feiras, não sou mesmo, mas essa de hoje, é especial para mim.  É que a segunda-feira depende muito do domingo que a antecedeu.
Eu tive um domingo que poderia ser chato, alegre ou triste, pois fiquei sabendo da morte de uma pessoa,  que na minha adolescência, foi um formador de opiniões que influenciou meu modo de ser hoje, aos cinquenta anos de idade.
Mas foi um bom domingo, pois revi em histórias, bate papo, e uma pequena viagem, uma boa e saudável parte da minha infância, e isso na agradável companhia de um filho que adoro, da mulher que amo, e de parte da minha família, que a muito não via, e para completar vi o meu time ser campeão.
Poderia ser melhor? Poderia sim. Se o restante de minha família estivesse junto, sem implicações, sem interesses materiais, sem querer saber, o que vai ficar para quem, ou quem gastou, quem pagou, e que ninguém construiu.
Algumas pessoas que partilham da minha intimidade, sabem que sempre prezei minha família, que sempre quis a prosperidade conjunta, o trabalho e lucro de todos. Tanto que na surdina, mesmo a contra gosto de pessoa que amo muito, prevaleci o ganho maior de um familiar, para o benefício dele e os que o cercam,
Mas o que me faz celebrar essa segunda feira, foi o ótimo domingo; um domingo simples visitando parentes queridos, comidinha simples, mas muito bem feita, vida sossegada de cidade do interior, moleque jogando bola descalço, prosa boa no fundo do quintal, vendo calango correr no meio das plantas, dando risada larga do comprimento da vida,  cheiro de carvão, brasa e carne, cheiro de campo, cheiro de família.
Domingo bom, feito de lembranças, saudosistas, algumas tristes, mas a maioria lembranças boas da vida da gente, aquelas que não podemos esquecer, pois é nossa historia, domingo dos Costa, Tavares, Pinto, Rocha, não importa o sobrenome, é a historia de uma família, que sofreu,  batalhou, lutou e sobretudo venceu; se não financeiramente, mas moralmente com orgulho de ser simples, humilde na sua essência e sem grandes posses, mas com a hombridade de ser digna e honesta.
Nada no mundo me pagaria esse domingo, nenhuma posse, casa, carro, título ou graduação, enriquecimento ou ambição, pois nada vale mais que a vida simples de um domingo em família; mas não de qualquer família, mas da nossa família.
Ainda mais sentindo o abraço do filho, radiante com o Timão campeão.
Todo domingo deveria ser assim... Sempre aos domingos.
Boa segunda feira para todos.  

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