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sexta-feira, 18 de janeiro de 2013


FILHO DA PUTA DA SEMANA!



Bom dia!
Nesse país de fatos estressantes e estranhos, temos uma coleção de filhos da puta notáveis; vamos eleger os distintos da semana.
Poderia ser todos os membros do congresso, senhores deputados e senadores, ou quem sabe nossa presidenta, por não terem a minima coragem de convocar uma Assembleia Constituinte, com objetivos claros de revisar, reformar e atualizar essa Carta Magna falha e omissa, por vezes condescendente demais.
Só meus amigos, que o título dessa semana é dos políticos da região serrana do Rio de Janeiro e seus eleitores.
Afinal dois anos se passaram e nada foi feito, nem pelos políticos e governantes, nem pela população que não exigiu não cobrou ou fiscalizou. É não basta reclamar hoje senhores eleitores; se todos tivessem fiscalizado, cobrado, exigido, intimado os responsáveis pelos projetos de revitalização, infra-estrutura e recuperação social, a história seria diferente no presente.
Os governantes e políticos forma omissos e corruptos? Claro que sim, um bando de filhos da puta mais interessados em suas carreiras como políticos, empresários e janotas do poder público, e suas futuras campanhas eleitorais, do que com o bem estar do povo, mas esse; o povo agiu de certa forma pior ainda, pela omissão, em ver o errado em não ter colocado boca no trombone.
Ainda há tempo de se redimir, basta que nas próximas eleições, lembrem-se quais eram os nomes do safados e não votem, o mesmo também para os que estão assumindo, (principalmente os reeleitos; para que o erro da omissão não se repita.
Os patrões do governantes somos nos; o povo, eles em que fazer o que nos queremos, e não nos sujeitar a vontade deles, senão seremos tão filhos da puta quanto eles.
Em vez de chorar e se lamentar, cobre, opine, fiscalize, exija ou será igual aos a todo filho da puta, quanto aqueles que você odeia.

sábado, 12 de janeiro de 2013

NÃO FUI HAKEADO NÃO....!
EU MESMO MUDEI O NOME DO BLOG, COM A CLARA INTENÇÃO DE "HOMENAGEAR" OS FILHOS DA PUTA DE PLANTÃO, AFINAL ESSA ESPECIE, ESTA EM PLENO CRESCIMENTO E MULTIPLICAÇÃO.
SEJA NA VIDA COMUM, NO TRABALHO (SEMPRE TEM UM), NA ESCOLA, FACUL, CURSINHO ETC.
ISSO SEM MENCIONAR AS CLASSES DOMINANTES DO FILHADAPUTISMO COMO POLÍTICOS, RELIGIOSOS OPERADORES DO DIREITO (ADVOGADOS, JUIZES ETC..) VENDEDORES DE AUTOMÓVEL, DE SAPATOS E OPERADORES E ATENDENTES DE CALL CENTERS.
PENSE BEM... APOSTO QUE VOCÊ FOI ALVO RECENTE DO FILHADAPUTISMO, SEJA NA FAMÍLIA OU FORA DELA.
MAS VOCÊ ESTA PENSANDO _NA MINHA FAMÍLIA NÃO TEM NENHUM FILHO DA PUTA?!!?
PENSE BEM, TEM SIM, PODE SER UMA TIA, PRIMA, IRMÃO (NÃO QUE SUA MÃE SEJA MERETRIZ), PODE SER UM CUNHADO OU SOGRA, OU A ESPOSA.
CUNHADOS TEM PLENA VOCAÇÃO PARA ESSA CLASSE; SOGRAS ENTÃO!!!
ALGUMAS SÃO VERDADEIRAS REPRESENTANTES DE CABARÉ (A MINHA NÃO) 
TEM ESPOSAS QUE HERDAM TODA VOCAÇÃO DAS MÃES ALEM DE SE TORNAREM MESTRES NA ARTE.
POR EXEMPLO AQUELAS QUE METEM OS CORNOS NO POBRE COITADO, DIVORCIAM DO CARA E AINDA TOMAM, QUASE OU TODO O DINHEIRO DELE.
NOSSA HISTÓRIA É PRÓDIGA DE FILHOS DA PUTA. HITLER, MUSSOLINI, ÁTILA, CÉSAR, BRUTUS, ALGUNS PAPAS E CENTENAS OU MILHARES DE POLÍTICOS, ASSASSINOS E DITADORES DE MEIA PATACA.
MAS TAMBÉM TEMOS OS BONS FILHOS DA PUTA, COMO AQUELE AMIGO OU FAMILIAR QUE TE SURPREENDE COM UM GESTO, QUE TE PEGA PELO PEITO, TE EMOCIONA E VOCÊ CARINHOSAMENTE DIZ PARA ELE.
__SEU FILHO DA PUTA.
COM TODA TERNURA DO MUNDO.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

O Brasileiro Sócrates


       

O nome não poderia ser melhor; um nome de filósofo clássico, jogador de futebol com nome de mentor intelectual.
Com perdão da má palavra poderia dar numa grande merda, verdadeiro motivo de piada, mas não; seguiu o currículo e o escript do nome.
O Sócrates Brasileiro, não só se tornou um dos melhores jogadores do mundo, como também inspirou gerações, não só de corintianos, mas de brasileiros.
Hoje temos uma profusão de craques da bola, os quais são idolatrados, como sex simbols, ícones da moda, tesão explícitos da mente erotizada das adolescentes, mas não passam de bufões, a serviço pífio do marketing, seres de caráter e aspecto andrógino, que não acrescentam nada de relativa importância no cenário social, político ou cultural desse país que é tão carente nessas questões.
O Magrão, Doutor, Magro, ou seja, lá como foi chamado por varias pessoas por esse Brasil afora era feio, um nordestino com a cara toda marcada pela acne da adolescência, desengonçado, alto demais, magro demais, mas foi ídolo de uma geração, não pela sua beleza juvenil, seus dribles desconcertantes e toques de calcanhar, que ninguém entendia direito. Ele foi ídolo pelo que dizia, pelos seus atos, pela sua posição perante a sociedade e seu entendimento dela, não se furtou ao ostracismo das casas noturnas e baladas, mas se pôs a favor do social, do povo e do destino desse povo.
Nascido classe média alta, estudante de medicina, poderia simplesmente se dedicar ao juramento de Hipócrates e ter sua vida de médico, consultório, receitas e pacientes, mas não; se dedicou a jogar a mais humilde das artes do desporto, o futebol, e pelo futebol descobriu-se a voz da democracia.
Numa época de pijamas com divisas, e a famosa frase.  _Você sabe com quem esta falando? Sócrates se firmou como líder de um movimento contestador e contrário a atual situação política vigente. Uniu em torno de um time heterogêneo de futebol, uma força que contagiou o Brasil; um pedido de respeito e atenção, dessa até hoje classe podre que habita o ninho do mal chamado Brasília.
 Se tivéssemos hoje um Neymar, Ganso ou Ronaldo que valesse meio Magrão já estaria bem e nossa juventude teria pensamentos mais úteis que a podridão do funk, a ilusão das drogas e uma consciência política mais aguçada. Estaríamos em busca da melhoria de Índice de Desenvolvimento Humano, da cultura e desenvolvimento digno desse país, com mais igualdade social.
 Hoje se aparecesse um atleta com metade dos neurônios pensantes dele, se tornaria um líder, um formador de opiniões do bem, sem pensar em correntes de ouro de um quilo, iates, carrões e marias chuteiras de traseiro grande.
É cômico hoje ver que um grande jogador dentro de campo, ser noticia fora dele, apenas pelo novo corte de cabelo, traições amorosas, esportivos velozes ou a compra de uma canoa de luxo, ou pior envolvidos em falcatruas tráfico ou crimes de morte.
Não! Não é cômico. É triste, e trágico ver que os exemplos que esses ídolos de pés de barro passam a nossas novas gerações; são os maus exemplos da mediocridade, da alienação e do descaso.
Enquanto isso; nossos políticos se fartam num mar de dólares e euros nas cuecas e meias, em antros de corrupção tanto na esfera federal, quanto nos estados e municípios, lesando o bolso do trabalhador, e negando a classes menos abastadas o acesso à saúde, educação, segurança e direitos civis que tem por direito.
Nossos atletas metrossexuais, só se preocupam em lançar moda, elaborar comemorações de gosto dúbio, mas não tem a coragem sequer, de entrar em campo com uma faixa na cabeça, exigindo o fim da corrupção, ou uma camiseta com uma única palavra; democracia.
É uma pena, pois são apenas crianças brincando de jogar bola, e que não sabem que o que separa os homens das crianças, são os atos praticados no dia a dia.   
Sócrates não virou nome de corte de cabelo, mas se tornou um exemplo de homem, consciente de seu poder como líder público, e que como tal sabia que seus atos e palavras influenciavam pessoas; e se era para influenciar, que fosse para o bem, e para um Brasil melhor.
Cada geração tem o ídolo que merece... Ou será o contrário? 

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Sempre aos domingos


Segunda feira, 5 de dezembro de 2011.
Poderia ser só mais uma data, uma mera segunda-feira, mas pelo menos para mim, é um dia especial.
Sabem de uma coisa; a vida nos reserva surpresas, agradáveis ou não, mas sobretudo  surpresas diárias, e só com a idade, percebemos que, ela proporciona de bom mesmo, é a tal da experiencia, pois de resto,  vem as dores e os males propícios da idade, a queda dos cabelos, a grisalha inevitável, e começamos ver aqueles que amamos partir aos poucos.
Eu não sou como o Garfield, que odeia segundas-feiras, não sou mesmo, mas essa de hoje, é especial para mim.  É que a segunda-feira depende muito do domingo que a antecedeu.
Eu tive um domingo que poderia ser chato, alegre ou triste, pois fiquei sabendo da morte de uma pessoa,  que na minha adolescência, foi um formador de opiniões que influenciou meu modo de ser hoje, aos cinquenta anos de idade.
Mas foi um bom domingo, pois revi em histórias, bate papo, e uma pequena viagem, uma boa e saudável parte da minha infância, e isso na agradável companhia de um filho que adoro, da mulher que amo, e de parte da minha família, que a muito não via, e para completar vi o meu time ser campeão.
Poderia ser melhor? Poderia sim. Se o restante de minha família estivesse junto, sem implicações, sem interesses materiais, sem querer saber, o que vai ficar para quem, ou quem gastou, quem pagou, e que ninguém construiu.
Algumas pessoas que partilham da minha intimidade, sabem que sempre prezei minha família, que sempre quis a prosperidade conjunta, o trabalho e lucro de todos. Tanto que na surdina, mesmo a contra gosto de pessoa que amo muito, prevaleci o ganho maior de um familiar, para o benefício dele e os que o cercam,
Mas o que me faz celebrar essa segunda feira, foi o ótimo domingo; um domingo simples visitando parentes queridos, comidinha simples, mas muito bem feita, vida sossegada de cidade do interior, moleque jogando bola descalço, prosa boa no fundo do quintal, vendo calango correr no meio das plantas, dando risada larga do comprimento da vida,  cheiro de carvão, brasa e carne, cheiro de campo, cheiro de família.
Domingo bom, feito de lembranças, saudosistas, algumas tristes, mas a maioria lembranças boas da vida da gente, aquelas que não podemos esquecer, pois é nossa historia, domingo dos Costa, Tavares, Pinto, Rocha, não importa o sobrenome, é a historia de uma família, que sofreu,  batalhou, lutou e sobretudo venceu; se não financeiramente, mas moralmente com orgulho de ser simples, humilde na sua essência e sem grandes posses, mas com a hombridade de ser digna e honesta.
Nada no mundo me pagaria esse domingo, nenhuma posse, casa, carro, título ou graduação, enriquecimento ou ambição, pois nada vale mais que a vida simples de um domingo em família; mas não de qualquer família, mas da nossa família.
Ainda mais sentindo o abraço do filho, radiante com o Timão campeão.
Todo domingo deveria ser assim... Sempre aos domingos.
Boa segunda feira para todos.  

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

MAIS UMA BOLA NA TRAVE


Mais uma vez o governo da mais uma bola na trave em questão de moradia popular nesse país.
Não adianta elevar o teto de financiamento de 130 mil para 170 mil no programa, Minha Casa Minha Vida
O motivo é muito simples, a maioria das grandes construtoras, já não estavam interessadas em construir para a faixa de imóveis, entre 80 e 130 mil, salvo raras exceções, mas com péssimo acabamento, descumprimento dos prazos, alem de outras mazelas.
Agora então, vai piorar, haja vista que foi anunciado só o aumento do teto, mas não do subsidio, que continuará, 23 mil reais.
Isso para o cidadão de baixa renda, com renda de aproximadamente 4 mil reais é frustrante pois o custo de uma prestação de um imóvel de aproximadamente 150 mil reais, financiada pelo banco estatal que deveria auxiliar o pobre, mas que só faz mesmo atrapalhar pelo excesso de burrocracia, é um inicial de aproximadamente 1100 reais, fora os encargos de documentação que o mutuário paga, alem de um monte de produtos que vem junto, no pacote e os gerentes dizem que é norma do banco, praticamente formalizando a venda casada.  
Totalizando prestações iniciais de 1250 a 1300 reais num imóvel que ainda tem que ser acabado, pintado, mobiliado e decorado.
Casas e sobrados então; caríssimos para lá de 250 mil reais (preços de São Paulo SP). Ou então se sujeitar a morar distante 30, 40, 50 quilômetros da família ou do bairro em que trabalha.
Imóvel usado; o banco estatal (vulgo Caixa Econômica Federal) pede financiamentos prestações e entradas absurdas, por exemplo:
Eu com 49 anos, minha esposa com 35, os dois trabalhando, com uma renda conjunta de, 3200 reais aproximadamente com uma poupança de uns 10 mil reais, na própria Caixa, simulamos a compra de um imóvel de 120 mil reais; o banco nos informou que teríamos de dar 60 mil reais de entrada, se nos tivéssemos 60 mil reais já teríamos nossa casa, era só comprar uma carta consórcio de 120 mil e dar 50% de lance que seriamos contemplados. Em qualquer banco.
Como esse país quer ter seu desenvolvimento social acelerado, se as suas instituições correm pelo atraso?    
Um programa de desenvolvimento social serio, com reais intenções de ajudar as camadas mais baixas da pirâmide social, liberaria o Minha Casa Minha Vida, para o imóvel usado.
É tão simples; é só estabelecer uma faixa salarial, por exemplo: Até 4000 de renda conjunta, podem usar o programa para aquisição de imóvel usado, contanto que esse imóvel não ultrapasse o valor de 150 mil reais.
Tem que ter os limites justamente para evitar abuso nos preços dos que são proprietários e excessos dos futuros compradores.
Ai sim o pobre vai ser realmente favorecido, vai poder comprar a casa no bairro que quiser, da forma que ele quiser, sem ficar forçado a sair do bairro que tem família, que estuda ou que trabalha, alem de poder usar esse mesmo imóvel para ter seu ateliê de costura, sua oficina, sua microempresa, sem ter que ficar confinado em um bairro distante, num prédio com acabamento medíocre, em cômodos minúsculos, aonde não poderá exercer seu papel de empreendedor, numa economia crescente.  
Esse país tem jeito, basta querermos, mas para isso precisamos de governantes com um mínimo de esforço, que tenham empenho, principalmente presidente, governadores e ministros que deixem a vaidade política de lado só um pouquinho, e seu papel corretamente.
Na história de um país existem três tipos de personagens; os conhecidos pelo seu senso revolucionário e transformador, que governaram com talento e criatividade; os que não fizeram nada para melhorar o estado geral das coisas, governaram mas foram improdutivos e os idiotas; que em vez de fazer algo de bom e sustentável para a sociedade, so fizeram trapalhadas e pioraram  as coisas.
Ai pergunto aos nossos ministros, como por exemplo Mário Negromonte, Tereza Campello, Miriam Belchior, e a Excelentíssima Presidenta Sra. Dilma Rousseff, qual dos três personagens históricos querem personificar e ser lembrados?
É uma questão de múltipla escolha, mas devo lembrar que só uma é correta.
Eu aqui na minha humilde função de escriba, só quero ser lembrado por, pelo menos tentar fazer de minhas palavras, algo de útil por esse país e meus iguais, a base da pirâmide social.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

MINHA CASA MEU FRACASSO

Mas que fim levou o Programa Minha Casa Minha Vida?
O programa esta parado, o site fora do ar, e ninguém diz nada, se vai voltar ou não.
Será que foi só mais um fogo de palha como muitos no Brasil?
Mais uma bandeira eleitoreira, simples traque de salão, ou mais sintoma de bundamolice do governo atual que até agora se mostra fraco e um tanto leeeeento; de deixar fugir tartaruga?
É interessante; para votar coisas para o próprio deleite e proveito, como um aumentozinho mixuruca do próprio salário, nossos parlamentares são tão ligeiros como o Road Runner Papa Léguas, mas para fazer algo real para o povo, agem como verdadeiros Willy Coyote; verdadeiros coiós.
Trocando em miúdos, é sempre o, orifício anal para a dispensa de dejetos, do pobre que sofre

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

PANIS ET CIRCENCIS

Com a eleição do palhaço Tiririca, fica a confirmação de que a legislação eleitoral vigente no país é falha.
Junte a isso a eterna discussão da vigência ou não de ficha limpa ou ficha suja, lei retroativa  ou não, e temos uma  legislação  eleitoral de dar dó.
Eu posso  ser radical demais, mas se para cargos como o de coletor  de limpeza urbana, é necessário  o ensino fundamental completo, comprovado, como pode ter como candidatos que só devem comprovar se são capazes de ler e escrever?
Saliento logo, que não considero como ignorante um analfabeto ou alguém que só tem noções de leitura e escrita, muito pelo contrário; por vezes essas pessoas têm mais sabedoria e cultura que um graduado em terceiro grau nunca terá, mas é preciso tomar cuidado quando  o que  esta em jogo é a legislação de uma cidade, estado ou do país.
Não só pela habilidade que esse eleito terá que ter em lidar com pormenores de cunho jurídico, como legal, fora o fato que estarão sujeitos não só ao descaminho ideológico, como o da corrupção, e não por desonestidade, mas por simples ingenuidade e desconhecimento.
O fenômeno Tiririca é só um aviso, as coisas podem piorar muito se outros resolverem seguir seu exemplo e a população desinformada e despolitizada como é, resolver embarcar nessa tendência.
Podemos ter num futuro próximo, plenários dignos do picadeiro do Circo Vostok ou quem sabe pior ainda; o Circus Maximus ou o Coliseun.

quinta-feira, 4 de março de 2010


A SINDROME DA GAIOLA DE OURO


Hoje é comum seu filho vai para escola pela manhã e alguém o leva, curso de inglês na parte da tarde e alguém o leva, no começo da noite ele já esta na natação e mais uma vez foi levado, quando volta ele vai à casa da namorada no mesmo condomínio, chega o fim de semana tem uma festinha de aniversário de um amigo numa danceteria, e a mãe o leva e lá pelas tantas o pai vai buscá-lo.

Seria normal se o mesmo não tivesse dezessete anos e fosse uma massa de músculos de 1.79m de altura.

Normal para você? Ou uma irracionalidade?

Para muitas famílias um cotidiano normal pleno de segurança, proteção condições de vida acima da média, um verdadeiro orgulho familiar e sucesso pessoal e social em decorrência de ascensão social mais que satisfatória.

Seria essa uma prisão, um paraíso ou uma mistura dessas duas realidades tão distintas?

É fato que muitas famílias estão transformando o universo de seus filhos em uma gaiola dourada, provida de todos os confortos necessários, muitas vezes com alto custo, empenhando boa parte de economias e ganhos, numa linha tênue entre o sucesso e a bancarrota.

Esses pais cheios de boas intenções e excesso de carinho e proteção por muitas vezes não percebem que na sua ânsia de proporcionar um mundo melhor e seguro aos seus rebentos, promovem na maioria deles uma transformação de ordem psicológica por vezes irreversível, aonde a noção de realidade é substancialmente distorcida.

Imaginem os senhores, com a simples idéia de proteger o que tem de mais precioso, um pai transforma uma criança em um ser socialmente desajustado, aonde o medo de sair dessa redoma; o medo do externo deturpa seu conceito de justiça e por vezes seu senso de ordem ética onde o que prevalece em sua mente, é a visão e egoísta de “Papai pagou, logo eu posso” tudo ele teme; teme um negro pela visão estereotipada incutida pela mídia, trata um nordestino pela visão da relação patrão empregado, anseia pela mulher ideal pela visão loura, magra e esculpida pelas eternas sessões de academia e liposcultura, e com um lazer a base de praças de alimentação, férias no acampamento, festas no buffet ou no clube e intercambio no Canadá ou Nova Zelândia, muitos desses filhos da realidade dos condomínios não tem a mínima noção do mundo real até que... ele faz dezoito anos e depois de uma sessão de estafantes três anos de decoreba de cursinho, ele passa no vestibular, ganha um carro como recompensa e uma liberdade que nunca tinha esperado ou sentido antes.

Ai vem o perigo; são três os caminhos possíveis para o recém alforriado; ou ele se torna um cara mais ou menos integrado ao sistema a duras penas, e na base da inocência, vai se adaptando ao mundo real e torna se um bom cidadão no final.

Outra vertente que tem aparecido, é aquele que quer desfrutar dessa repentina liberdade em sua plenitude, o máximo possível topa tudo, tem facilidade para se envolver com drogas e álcool com, festas raves, baladas de segunda a segunda entre outras coisas; em alguns os sintomas passam, demorando mais ou menos tempo, no fim até se dão bem.

Temos também uma terceira versão, essa por muitas vezes é mais danosa a sociedade; são aqueles que recém libertos, acham que podem tudo, tratam todos como se fossem seres inferiores, que por ventura são obrigados a fazer na vida todos seus gostos e prazeres, tratam professores como se fossem seus lacaios, os do povo como se fossem servos ao seu dispor.

É daí que surgem os chamados “pit boys” os arruaceiros de plantão, são aqueles que não tem respeito nenhum pelo próximo, sendo que alguns enveredam por caminhos que levam pela ilegalidade explicita, trafico de drogas, roubo de carros importados, agressões então, são parte de um menu trivial.

Muitos os classificam como “rebeldes sem causa”, mas o que são mesmo é malcriados desde berço em suas gaiolas de ouro.

Culpa de quem? Na maioria das vezes com certeza de pais que acham que compensam a ausência, com presentes, viagens, conforto, dependência desmedida na ânsia de proteger.

É muito comum hoje famílias em que tanto o pai como a mãe tem uma rotina de trabalho, tão intensa e estafante que tempo para os filhos é simplesmente um luxo impossível, babas, presentes, escolas de primeira linha, passeios ao exterior, excesso de conforto; nada disso substitui o acompanhamento dos pais.

Temos na periferia problemas de ausência paterna também, mas por motivos diferentes, nos dois casos, temos conseqüências sociais nos dois casos, e são graves da mesma forma, mas aqui cabe uma pergunta.

As conseqüências sociais quem vem dos desajustados, do condomínio atingem severamente o todo da sociedade, assim como os desajustes sociais dos que vem da periferia?

Antes que se forme em seu intimo uma opinião, é preciso lembrar que na pirâmide social, quem esta no topo da cadeia alimentar do poder, geralmente vem das classes mais abastadas; uma distorção comum desde o Brasil colônia.

É desse topo que surgirão os futuros diretores de empresa, juizes, políticos, médicos, engenheiros entre outros.

É claro que não se trata de uma generalização barata rasteira e totalizadora; muitos desses filhos de condomínio, serão pessoas de excelente caráter e formação e que ocuparão seu lugar na sociedade com dignidade e maestria, graças os ensinamentos familiares de ótima qualidade que recebem, mas cá entre nós; a pergunta é pertinente e incomoda.

Vou deixar que cada um tenha ou busque sua própria resposta, mas cabe o alerta aos pais que trabalham demais, tem pouco tempo aos filhos, delegam certos momentos da vida dos mesmos aos cuidados de babás, dão presentes em vez de companhia ou carinho, enfim cercam os seus filhos com todo conforto e qualidade.

Será seu filho uma pessoa socialmente ajustada, você já parou para observar se seu filho tem respeito pelo próximo, ele trata as pessoas com educação?

E você; teve a coragem e humildade de perguntar ao zelador, aos vizinhos ou para a babá se seu filho age com dignidade perante aos outros.

Se a simples recomendação de tais atos te incomoda ou te revolta, não seria o caso de você mesmo olhar no espelho e perguntar.

_Não serei eu também um produto do deslumbramento da gaiola de ouro?

Pense...
RESPEITO É BOM...



Me impressiona a juventude nessa primeira década desse século; seria bom se essa impressão fosse positiva, mas é justamente o contrario.
A vontade de mostrar ao mundo que o universo é deles, sempre pertenceu aos jovens, a vontade de contrapor, de contradizer e demonstrar seu descontentamento com o estabelecido e estável tem que obrigatoriamente fazer parte do universo juvenil, pois os atos de rebeldia nessa faixa etária é que formam os futuros “adultos” e com certeza transformaram o mundo no que é hoje, basta lembrar 1968 ou os caras pintadas ou o movimento paz é amor.
É ai que me amedronto... Estamos vendo e vivendo uma falta de respeito de proporções tamanhas que temo justamente pelo futuro dessa sociedade brasileira.
Antigamente contestava se, mas respeito ainda existia, não se falava palavrão na frente de senhoras, crianças ou de mais velhos; hoje cantam palavras de baixo calão, (que não seriam aceitas nem nos mais sórdidos e ralés bordéis) a plenos pulmões pelas ruas, e pior são tocadas em medíocres melodias a incontáveis decibéis em carros ou qualquer outro tipo de sistema de amplificação é a maldição do funk carioca.
Antes se namorava ou tinha uma “amizade colorida”; hoje eles “ficam” e com qualquer um e em grande quantidade, no atacado mesmo, e tem que transar, e quem não transa esta excluído do sistema. O sexo virou uma coisa de tamanha banalidade que tenho impressão que perdeu uma parte do encanto, da sedução, da magia, da conquista.
Eu mesmo presenciei um dialogo entre dois adolescentes, que deixa clara essa situação de banalidade.
Um rapaz com a bermuda bem abaixo da metade da bunda e uma cueca que um dia foi branca aparecendo diz para uma garota de uns quinze anos, usando uma blusinha e um shortinho que ela devia usar aos sete anos.
_ Ei mina! Ce é a Adriana ( nome fictício) num é?
Resposta
_ Sô, e ai?
_ Então, faz um tempo que eu te ligo ( sei quem você é) Cê ta quebrando heim? ( você esta bonita) Ai vai no posto hoje?
_ Num sei... Pra que cê qué sabe?
_ Quero dar uns catas, (dar uns beijos e etc) em você... Tem jeito?
_Demoro, ta firmado.

Pronto estava combinado um encontro em um posto de gasolina na periferia de São Paulo, famoso por vender muito álcool a menores. É bom observar que esse dialogo, foi desenvolvido estando ela de um lado da rua, ele do outro, com uma distancia de no mínimo dez metros.
Não é só a forma de tratar que assusta, mas a falta de discrição, de pudores, de valorização da figura da mulher pelo homem; e da mulher por ela mesma, é como se escolhesse um pedaço de carne na vitrine do açougue ou de uma lata de conserva na gôndola de um supermercado.
Alguns podem dizer que é modernidade ou sinal dos tempos, mas respeito e sentimentos de empatia pelo semelhante são atemporais, se perdermos esses sentimentos, seremos reduzidos um dia a arrastarmos alguém que nos interessa pelos cabelos e obtermos uma relação sexual entre socos e tapas.
Assusta a relação dos nossos jovens, com o mundo, tem sempre a impressão latente que hoje tudo é permitido, que não existem limites de compostura e comportamento.
Falar palavrões de corarem prostitutas dentro de coletivos é normal; andar com a roupa intima de fora é moderno; cometer atos de libertinagem e devassidão na frente de quem quer que seja é sinal de liberdade; tratar mulheres com adjetivos do tipo: cadela, vagabunda, piriguete entre outros nem um pouco louváveis e de extrema normalidade,e a naturalidade de usar os mais variados tipos de droga, como se fossem as mais cobiçadas guloseimas infantis a vista de todos a céu aberto.
Que no passado existiam drogas... é claro que sim, afinal elas nos acompanham desde o inicio da humanidade e não vai ser hoje que deixarão de existir, mas não faz tanto tempo assim que os que participavam deste gosto comum, o faziam com o máximo de descrição possível.
Hoje fuma se dentro de ônibus cheira se em praça publica, por vezes na frente de crianças, que muitas vezes são filhos desses mesmos usuários.
Nossas periferias estão num processo de degradação continua e constante, que só tem comparações bíblicas em Sodoma e Gomorra, mães de treze anos, são tão normais quanto avós de trinta anos, homens de dezesseis anos com dez homicídios são tão comuns quanto a lei permite.
Infelizmente esse fenômeno é correlato e corriqueiro, quanto outro quase semelhante, pertinente as classes A,B,C a Síndrome da Gaiola de Ouro, mas esse é tema para outra hora; o que preocupa mesmo é a falta de rédeas que levam a uma desenfreada falta de respeito pelo próximo, isso nos leva a crer que hoje o bonito mesmo é ser feio.
Eu pessoalmente temo, pois sou pai de um menino de quase oito anos que por em quanto, ainda é educado a moda antiga, aonde ainda se pede licença, se fala obrigado e não se fala palavrão na frente de moças senhoras e crianças. Só que criamos filhos para o mundo e o mundo por vezes é cruel; e falando em mundo temos que pensar numa corrente contraria aos ecologistas patrulheiros de plantão, afinal não devemos só pensar no mundo que deixaremos para nossos filhos, mas que filhos deixaremos para o mundo.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

MINHA CASA MINHA DECEPÇÃO!!!!!!!!!!!!

EU NÃO QUERO ISSO!!!!!!!!!!!!!!
È inconcebivel que na elaboração de um programa desse porte, ninguem tenha pensado nos imoveis usados e terrenos.Se alguem assim o tivesse feito, as noticias sobre o programa seriam completamente diferentes, ja teria atendido muito mais pessoas, e sem prejudicar os empreendimentos novos.Infelizmente o programa é "engessado" para todos, mas muito mais para aqueles que tem uma renda familiar acima de tres salários minimos.

Para essas pessoas, os grande empreendimentos e megablocos, são um mero paliativo que não da liberdade de por exemplo; um profissional liberal ou autonomo de comprar um imovel que alem de moradia poderia ser usado como ponto de comercio, oficina ou ateliê.Impede que uma familia compre um imovel na região que sempre viveu, que alguem compre um terreno para constrir uma casa com sua personalidade ou perto de seu local de trabalho.



È um programa tipico de quem é mero "burrocrata" que nunca foi pobre ou classe media, que nunca construiu ou reformou uma casa; sim porque quem compra um imovel usado de imediato começa a reforma; utiliza mão de óbra especializada, compra material de construção, moveis novos. eletroeletronicos novos e tambem a linha branca.

Ninguem pensou nos pequenos comerciantes de material de construção, esse programa para eles é praticamente inócuo só beneficia os fabricantes ou grande atacadistas, pois construtora de predios não compra na lojinha da esquina.

A solução é simples: liberar a compra de imovéis usados para aqueles que estão igual e acima da faixa salarial de tres salarios minimos, com um teto de R$ 100.000,00 por imovel, liberar a compra de terrenos para construção nos tamanhos de 200 m² e abaixo de 600 m².

Ai sim vcs iriam ver o mercado aquecido e sem comprometer as grandes construtoras, pois elas continuariam a construir para a faixa de até tres salários e a faixa acima de tres salários.e seria uma opção para aqueles não querem comprar um imovel novo, para os que não querem sair de seu bairro de origem; para os que precisam de alem da moradia, uma oficina, um ateliê um galpão.

Também diminuiria a novela da falta de terrenos para incorporação.

Lembrem se! Pobre compra; constroi, reforma e precisa de liberdade de escolha.Vejo muitas pessoas dizendo que não vão entrar no programa for falta de liberdade e opção.

Ouçam o povo!

Afinal não é um programa de moradia para o povo?

sábado, 21 de abril de 2007

A PERGUNTA QUE NÃO QUER CALAR!!!!

SERÁ QUE EXISTE DIFERENÇA, ENTRE UMA UNIVERSIDADE AMERICANA, O IRAQUE E O RIO DE JANEIRO??

Humanun Est

Humanun Est

Os limites entre arte e anatomia



Autor: Antonio Marcos da Costa

Ao perguntarmos qual o limite entre arte, estética, ciência, sensacionalismo e mau gosto podemos entrar em conflito com as varias respostas dadas, pois é uma questão emocional, todo ser tem maneiras diferentes de encarar o mundo com visões claras de que gosta ou não, mas na exposição referente ao corpo humano na Oca do Ibirapuera, podemos ter reações surpreendentes e inesperadas e inusitadas.

Um profissional da área de saúde encara a mesma como um parque de diversões, como qualquer criança encararia, já a criança pode tanto encarar como uma situação de extrema curiosidade como o mais horrendo dos filmes de terror. Quanto aos leigos adultos tem formas de reação diferentes, mas que em geral terminam da mesma forma, na completa curiosidade infantil. As religiões implicitaram em nossos cérebros, a imagem teológica de que nosso corpo é de certa forma santo, já que foi criado a imagem dos deuses e essa santificação do corpo faz com que o encaremos como tabu, uma zona proibida, um templo sagrado reduto da pureza da alma. Então como encarar tamanha santidade?



Podemos encarar pelo lado biológico de que o corpo humano é 80% água, basicamente composto de carbono, cálcio e outros minerais, talvez assim desmistifiquemos um pouco tal mito milenar do corpo santo. Só que somos também em sua maioria leigos em ciências biológicas para assim encararmos a exposição de nossa forma física como carne ossos e sangue simplesmente, um monte de matéria orgânica simplesmente. Nos seria prático, mas nos ocidentais temos a mania hereditária da impraticidade, digo isso porque se fossemos nativos da Oceania ou da América pré-colombiana, encararíamos tal exposição de corpos dissecados e órgãos expostos como um grande estoque de comida (ou desperdício já que os corpos estão resinados e impraticáveis para consumo) assim como olhamos com olhos de gourmet, quando vamos a um açougue ou mercado; afinal quantos de nós pensamos que leitão, cordeiro, ou seja, lá o que estiver sendo exposto na vitrine do mercado como uma vida, um ser também. Seriam os canibais mais práticos que nós ao enxergar um outro semelhante como simples comida? É... Realmente é estranho nos imaginarmos como peças de carne no açougue, assim como é estranho nos imaginarmos como um amontoado de matéria orgânica, proteínas, sais minerais, água e cálcio. Por isso devemos visitar essa exposição com olhos atentos não só a ela em si, mas sobretudo ao publico presente e as reações diversas e dispares que iremos presenciar.

É comum notarmos expressões de nojo, principalmente por parte do publico feminino de idade jovem, misturadas com o receio de estar entre pessoas mortas, dos mais velhos e religiosos, e uma certa reverencia por parte de alguns ao falar baixo, como agem as pessoas em templos e velórios, ou o fascínio desmedido das crianças com sua metralhadora giratória de perguntas infindas, e também o descaramento típico dos adolescentes e suas risadas; afinal eles vêem coisas muito piores, nos filmes e vídeo games de hoje aonde um corpo mutilado, é programa de sessão da tarde, mas sobretudo é importante notar que todas essas reações vão desaparecendo e dando lugar a uma só comum à todos; a curiosidade. É tão grande o fascínio, que a falta de conhecimento de nosso próprio corpo exerce sobre nós, que acabam todos, mergulhados na mais completa viagem pelos meandros e entremeios de ossos, veias, músculos e feixes de nervos.

Eu como leigo tinha minhas reservas com tal evento, achava que seria um espetáculo de mal gosto explicito, um circo de horrores nada mais, mas como jornalista e admirador das ciências naturais, tinha uma curiosidade extrema sobre certos aspectos da forma humana, e confesso que mudei radicalmente minhas opiniões sobre o que vi, e ao indagar pessoas presentes sobre a exposição, notei que muitos compartilhavam dos mesmos sentimentos de das mesmas conclusões que cheguei, também percebi que muitos dos presentes, só compareceu, pois a exposição é um vento da moda devido as repercussões que causou em paises por onde passou anteriormente. Quer dizer muitas pessoas foram para lá como se fosse ver obras de Rodin, Michelangelo, ou se fossem a um salão do automóvel... foram porque é um evento da moda, mas se surpreenderam em ser cada vez mais curiosos.

É bom salientar aqui, que foi a capacidade de pensar praticamente, e de usar esse pensamento aliado a sua eterna curiosidade, que fez da espécie humana a espécie dominante, apesar de menos preparada fisicamente que todas as outras a resistir ao meio e as intempéries. Com essa lembrança podemos ter a esperança que tal exposição possa ter despertado a curiosidade em muitos e isso leve esses mesmos a ser no futuro médicos, pesquisadores, biólogos curiosos e interessados em ciência, tornando assim o acesso a cultura mais dinâmica e democrática, apesar dos preços inacessíveis a maioria da população, com ingressos á R$ 30,00 adultos pagantes e R$ 15,00 estudantes aposentados maiores de 65 anos.



Quanto a questão inicial se há limites entre ciência, arte, estética, sensacionalismo e mau
gosto, é melhor deixar de fora o sensacionalismo e o mau gosto, que aqui não são cabíveis e lembrar que arte e ciência sempre estiveram próximas, aonde artistas dissecavam como estudo de anatomia e anatomistas contratavam artistas para ilustrar seus estudos, botânicos estudavam pintura para fazer suas pesquisas compreendidas e se analisarmos a arte desde a antiga Grécia notaremos um que de coisa viva em esculturas de mármore e afrescos e na renascença essa expressão viva, é ainda mais notada em Michelangelo, Da Vinci e outros. Um grande exemplo disso é o estudo de bico de pena feito pelo artista e anatomista, espanhol Juan Valverde Amusco em 1549 que foi revisto agora em ossos, carne, nervos, plastiline, e pele nessa exposição

sábado, 14 de abril de 2007

A VERDADE MERECE AÇOITE?

Em entrevista ao site da BBC, pela ocasião das comemorações dos 200 anos de fim do trafico negreiro pelos ingleses, Matilde Ribeiro, titular da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR) não imaginava o imbróglio desconfortável, que uma declaração sua ia causar no meio político e social do país. Em resposta a pergunta se no Brasil ainda existe racismo e se existe preconceito do negro com o branco Ela disse
- Eu acho natural que tenha. Mas não é na mesma dimensão que nos Estados Unidos. Não é racismo quando um negro se insurge contra um branco. Racismo é quando uma maioria econômica, política ou numérica coíbe ou veta direitos de outros. A reação de um negro de não querer conviver com um branco, ou não gostar de um branco, eu acho uma reação natural, embora eu não esteja incitando isso. Não acho que seja uma coisa boa. Mas é natural que aconteça, porque quem foi açoitado a vida inteira não tem obrigação de gostar de quem o açoitou.
Sem querer polemizar mais ainda, e sem defender a postura confusa da ministra ou quem sabe, jogar um balde de gasolina nessa questão já incandescente, precisamos ver algumas questões pela berlinda prática da vida. Há muito tempo nesse país desde a abolição, passando pelas Republicas, Estado Novo e o nefasto período militar, tem se tentado construir a mítica idéia de uma nação politicamente correta nas questões raciais e sociais, é comum nesse país a frase que somos uma democracia racial, ou ouvirmos dizer que no Brasil não tem preconceito e bla bla bla, mas que Estado e esse que não tem preconceitos, mas precisou da falecida e inoperante lei Afonso Arinos durante anos, e que incluiu em sua constituição no artigo 5º incisos XLI e XLII sanções penais especificas sobre o tema?
Será que existe uma dicotomia entre lei e realidade? Se há essa contradição porque então da existência da SEPIR?
Com certeza a Senhora Ministra não foi feliz em sua colocação, mas um fundo de verdade em suas palavras existe, uma comprovação disso é o espelho de nossa sociedade que reflete a condição da população negra; presente em sua grande massa de trabalhadores, mas curiosamente praticamente inexistente nos extratos mais seletivos da mesma.
Os pardos (se é que isso existe) e negros como conta o IBGE são maioria na população, mas praticamente não contam das estatísticas dos cargos de alta hierarquia, seja no setor publico ou privado, civil ou militar. Até mesmo nos bancos das universidades são raros, sempre minoria. Oras bolas! se o contingente universitário vem em sua maioria do seio do povo onde estão os pardos e negros?
Se o próprio governo federal vê necessidade de uma secretária para promover a igualdade racial; essa tal igualdade não existe; e se não existe igualdade racial; existe preconceito? É claro que sim; existe preconceito, pois desigualdade racial não pode existir sem a sombra cinzenta do racismo. E o racismo brasileiro é pior que existe, o velado, aquele que não se revela e mostra a cara, é aquele que da tapinha nas costas, sorrisos e salamaleques, mas que nega a vaga, ou procura pessoas de “boa aparência” é o que diz que tem uma bisavó negra, mas ai da filha se aparecer com um namoradinho mais escuro. _Ele não serve para você, menina. É o que dizem.
Seriamos tolos se acreditássemos que a população negra, não percebe isso, pois percebe na pele e no dia a dia de sua peregrinação para se integrar ao mercado de trabalho, a escola ou a uma situação financeira mais prospera, e como vitima dessa situação reage, não com pedras e paus como na áfrica do sul, ou saqueando e queimando lojas, como em Los Angeles, mas evitando o convívio com os seus opressores, fechando se em guetos invisíveis, sempre evitando ocupar o mesmo espaço físico e social daqueles que não são iguais.
Quando Matilde Ribeiro diz que o açoitado, não tem obrigação de gostar de quem o açoitou, enfiou o dedo em uma ferida que essa nação teima em esquecer, mas que é incomoda e dolorida principalmente aos açoitados, que sempre são lembrados de sua situação passada, seja pelas situações vexatórias que passa diariamente; seja pelas piadinhas infames e politicamente incorretas que escutam assiduamente. Ou não corre a lenda que a Lei Áurea foi escrita a lápis? Duvido qual negro nesse país não ouviu essa piada, pelo menos uma vez na vida e que a mesma não doeu naquela hora como o mais vil dos açoites?
Sendo assim, aos que reagiram como vitimas quando tomaram ciência de tais palavras, se postando como politicamente corretos defensores da igualdade humana, lembrem se, todos os homens nascem iguais, porem alguns são mais iguais que os outros. E como disse Abrahan Lincoln _Todos os homens nascem iguais , mas é a ultima vez que o são...

sábado, 31 de março de 2007

NÃO E LARANJA, NÃO E LIMA É LIMÃO

Não é lima, é limão.




Tinha riacho e lambari, vaca, pasto, bambuzal com saci.

Perereca da vizinha, sapaiada na hora de dormir

Cobra, gato, muito mato, vira lata e o pé sem sapato.

Campinho, punheta e carrapato, no quintal tinha até pato.

Escolinha de madeira, venda, coceira e permanganato.


Quando novinho, a mãe dizia _Aqui vai melhorar!

Avenida, praça, ônibus até prédio de dez andar.

Menino besta, sonhador de revista olho perdido no futuro,

que nem filme em quarto escuro ainda a se revelar.

A maravilha dos quadrinhos que seria esse lugar!


Ai teve asfalto, carro, esgoto, fim do barro, sobressalto.

De manhã um morto, tardinha um corpo, à noite assalto.

Lugar sem inocência, criança que espera criança, saliência.

Ônibus teve, virei pingente, marmita magra, trabalho indecente.

Tesão sem amor, barrigas vazias, crianças sem cor, quanta gente.


Agora é favela farinha grade janela, vigia, porta com tramela.

Ainda não tem avenida, riacho agora é ferida, lambari virou merda, já era.

Tem cachaça, cachimbo, crack já não é de bola, o barato um saco de cola.

É racha na rua, e o patrão é o cara na boca maldita da porta de bar.

Tem cafetão honesto laranja esperto, não é lima é Limão. Porra é meu lugar!

segunda-feira, 26 de março de 2007

PUREZA

Hoje eu encontrei Pureza. É isso mesmo, com maiúscula sim, pois encontrei Pureza dentro de uma loja no Largo do Limão folheando cadernos infantis com lindas capas coloridas, enquanto vendedoras desesperadas, e despreparadas imaginavam um modo de colocá-la para fora. É que Pureza no seu estado normal não é muito apresentável socialmente e não cheira muito bem para nossos padrões civilizados, afinal ela é num termo politicamente incorreto, uma mendiga ou em um bom paulistanês,uma “mindinga” ou como se diz hoje, uma sem teto ou sendo mais chique “homeless”.
Pureza é assim uma personagem desse cotidiano meio insano, de uma metrópole como São Paulo, figura conhecida das regiões norte e oeste da capital assim como foi Jacaré, Pixoxó, Bifinha ou Bola Sete, e como todo sem teto tem uma aura mística que os envolve como uma mágica incompleta, ou ato inacabado de ópera bufa, cada um com sua historia enigmática e particularidades sutis.
Pureza em sua meiguice ininterrupta tem as suas, como todos e para justificar seu estado de pureza, sempre responde a perguntas tão simples como _Tudo bem senhora? Com frases como... _Não sou senhora, sou senhorita, sou pureza! _Senhora não! Sou virgem e pura; pura como a luz _Eu sou pureza! _Eu sou pura, imaculada!
Isso sempre de voz baixa sem gritos ou desrespeito, sempre sorrindo, como devem sorrir os puros, senão de corpo pelo menos de alma. Não sabemos seu nome, se tem família, se realmente é virgem, mas sabemos que é pura...de alma, não importa suas roupas sujas, seu saco de roupas companheiro, seus sapatos corroídos e nem sempre do mesmo par, ou seu odor desagradável, ela é pura e sendo assim devia dar exemplo aos “puros” de imagem ou de perfume inebriante e seus lindos sorrisos enganadores, um exemplo de educação, humildade e pureza.
Toda vez que olharmos Pureza em seus andrajos, devemos nos envergonhar de termos tudo, e todas as chances, de sermos para nós e nossos semelhantes seres dignos de confiança, pois Pureza não pede nada, não pega nada sem ordem ou se aproveita a distração de ninguém para sobreviver, ela vive do que encontra e do que alguém doa de coração,sem exigir nada em contrapartida, muito contrário do que estamos acostumados em nossa mesquinha sociedade, principalmente aqueles que deveriam ser os verdadeiros puros entre nós, nossos religiosos, empresários, policiais e sobretudo políticos paz e amor, empenhados cada vês mais em escusas negociatas e acordos promíscuos e enriquecimento desproporcionais em detrimento as suas verdadeiras funções e deveres sociais.
Dos empresários não deveríamos esperar muito, pois sinto que em 99% dos mesmos perdura a inexistência de coração e absoluta ausência de alma, Já nossas policias são de tamanha inoperância física como também de incrível imundice corporativa.
Nossos religiosos quando não são atraídos pelos 12 dinheiros de Judas, são promíscuos em corpo e fracos em repartir o pão como rezam os dogmas.
Políticos... Que seres são esses? Habitam o seio de nossa sociedade, se portam como jacarés nas corredeiras, com as bocarras escancaradas esperando que peixes gordos nelas caiam, e escorreguem por goela abaixo.
Se as lendas e escrituras religiosas estiverem certas da existência dos abismos infernais, com certeza seu senhor é político, seu criador também o era, e hoje quem administra é político de carreira; políticos esses que deveriam ter curso intensivo com nossa Pureza, para ver se aprendem como serem humanos e se despirem das suas imaculadas vestes de grife Giorgio Armani, se tornem simplesmente puros; puros não de corpo, mas de alma e atos como Pureza.

domingo, 25 de março de 2007

O ETERNO ACALANTO LENTO, PARA ADORMECER BOVINOS

Ao serem instituídas as cotas universitárias para afro descendentes, indígenas e deficientes físicos, surgiram varias opiniões, na maioria das vezes contraditórias. Uns acham que tal ato fere os direitos de igualdade previstos em nossa constituição, outros já acham que é uma forma de preconceito e racismo, já há os que acham que a qualidade do ensino superior no nosso país cairá, e que esses alunos quando formados carregarão o fardo muito pesado de cotistas, levando os mesmos a serem execrados do mercado de trabalho. Há ainda os que acham que cotistas oriundos das escolas publicas, não acompanharão o ritmo e qualidade dos alunos que vieram de instituições particulares, ledo engano. Uma particularidade me surpreende nessas reclamações um tanto infundadas, boa parte delas vem de docentes e reitores e de discentes que não tem o mínimo motivo para reclamar pois são oriundos de classes mais abastadas demonstrando que se esse país não é pelo menos irônico é no mínimo ignorante.
Tenho plena convicção que, para me fazer entender tenho que relembrar que historicamente tanto negros índios ou deficientes físicos sempre foram excluídos pela nossa sociedade, só o fato do sistema de ocupação do país pelos europeus, massacrando o povo nativo sem discriminação de idade ou sexo, a importação de africanos estigmatizando para todo o sempre o índio como preguiçoso e incapaz para o trabalho escravo, temos ainda o próprio sistema escravagista que tratava o negro como simples coisa, um mero animal de carga e ganho e sua “libertação” que ao extinguir com uma penada a escravidão no dia 13 de maio de 1888 deu um legitimo “pé na bunda” de milhares de pessoas que de repente já no dia 14 não tinha aonde dormir, aonde comer, aonde morar restando para esses a solidão da estrada ou periferia das cidades. E os deficientes que ate hoje são desrespeitados em seu direitos diariamente, que sempre nesse arremedo de nação foram tratados como escoria ou como invisíveis, que sempre serviram para cantar na feira, esmolar a saída da missa, que sempre foram pichados de aleijados, mancos, coxos, manetas, ou o ceguinho da esquina, mas nunca como senhor, senhora, menino, menina. São aqueles que não tem ônibus, que não tem escola, calçada, via ou acesso.
É incrível como temos tantos críticos as cotas, que lançam retóricas sofistas ao vento sem ao menos pensar em fatores intrínsecos nessa questão, como por exemplo, que as cotas do Prouni, não são vagas que pertencem a outras pessoas por direito, e sim vagas remanescentes que ficariam ociosas até o fim das respectivas turmas, e que são importantíssimas para aqueles que não tem condições de pagar as mensalidades exorbitantes das universidades privadas, ou não foram aprovados nos massacrantes vestibulares para as publicas. Será que ninguém pensou que esses cotistas serão avaliados igualitariamente durante todo o processo de formação? E que a própria lei prevê, que não haverá de forma alguma distinção na forma de avaliação desses alunos. E aos sofistas ainda de plantão, saibam que após 2 anos de implantação do sistema, tanto o Ministério da Educação quanto as entidades mantenedoras e as universidades publicas que adotaram o mesmo processo chegaram a conclusão depois de pesquisas e estatísticas, que os alunos do Prouni tem aproveitamento de 25% a 40% maior que os alunos não cotistas, superando em alguns casos, alunos vindos do ensino médio de escolas particulares, e que os cotistas tem notas iguais ou superiores aos outros, e não costumam ficar com matérias em dependência, e quase nunca de exame.
Isso prova que talento não depende de etnia, escola publica, privada ou condição física; prova sim que temos distorções sociais graves nesse país, que o preconceito esta incutido e embutido no subconsciente das classes. Afinal o que vale mais, um cotista aprovado com méritos ou um aluno normal impedido de se formar devido ao excesso de dependências, ou quem sabe um aluno desistente?
Enfim, enquanto não nos livrar mos dos nossos preconceitos étnicos e sociais, que ainda contrata por boa aparência européia, enquanto não abolirmos de vez todos os estereótipos malditos que nos acompanham desde 1500. Enquanto nossos pseudo governantes não entenderem que a fabrica de analfabetos funcionais deve acabar, e que se a educação no país continuar claudicante, esse país não terá futuro, as cotas terão que existir e assim continuaremos a ouvir esse eterno acalanto lento para adormecer bovinos, daqueles que são contra as cotas.

O PAIS DOS FRACASSADOS


ESSA FOTO DE MARCOS TRISTÃO FOTÓGRAFO DA AGENCIA O GLOBO QUE FOCALIZOU O FRACASSO SOCIAL DESSE PAÍS NA PESSOA DE EDNA EZEQUIEL(29 ANOS), MÃE DE ALANA EZEQUIEL(12 ANOS) MORTA EM MAIS UM TIROTEIO ENTRE POLICIAIS E OS SOLDADOS DO TRÁFICO CARIÓCA.

ESSE TEXTO JÁ TEM QUASE UM ANO DE ESCRITO..E SÓ ESTOU REAVIVANDO, POIS O TEMA É PERTINENTE.....

Ontem ao ver as cenas do documentário Falcão, meninos do trafico. Nada me surpreendeu, nem uma cena, nem uma fala ou depoimento, afinal sempre morei na periferia de uma metrópole. E hoje as cenas de sociólogos, artistas e educadores dando depoimentos vãos também não. Assim como a pieguice da Dona Rede Globo de Televisão agindo como se tivesse feito um favor à sociedade brasileira ao “denunciar” fatos terríveis que ocorrem na calada da noite, dos morros cariocas, capixabas, ou das baixadas e favelas paulistas. Essa emissora é com certeza de um dos culpados, pela situação caótica desse país, assim como a total alienação das esferas estatais, ao desenvolvimento humano, social e cultural e educativo, que age como mola mestra da miséria. Ou a mediocridade das ordens religiosas, que só querem o lucro fácil do dizimo que vem a baldes quanto mais aumenta o desespero do brasileiro, e adoram se vangloriar que esse é o maior país cristão do mundo. Assim como a sociedade dominante, dona tanto do poder financeiro como do poder de decisão ou formador de opinião, e que não se interessa pela vida daqueles que lavam seu chão, que servem a mesa ou trabalham em suas fabricas.Essa sociedade não se interessa porque, age ainda como os mesmos senhores de escravos do passado. Eles não querem saber como vivem seus subalternos, só querem saber se eles estão vivos para servi-los, sob o jugo de uma renumeração ridícula e vergonhosa e infame. O “sinhô” patrão de hoje, não é nem um pouco diferente do “sinhôs” donos de escravos que construíram esse país com carne humana, e o pintaram com sangue fresco; só que hoje essa carne e esse sangue, para aumentar a audiência surgem no horário nobre da televisão.
Essas cenas só vêm demonstrar o quanto estamos fracassando como nação, pois uma pátria deve ser considerada um fiasco quando é inoperante, nas suas premissas básicas do campo social e humano, na formação de seus cidadãos, na veracidade de suas instituições como mantenedoras da dignidade humana, e o bem estar de seu povo.O fracasso é dom dos incompetentes ou daqueles que não dão a mínima para as conseqüências de seus atos, mas não podemos enxergar só o fracasso alheio e sim o nosso, pessoal e intransferível, pois somos todos fracassados ao não exigirmos do estado incompetente, atitudes que nos foram só prometidas no inciso I do artigo primeiro, até o artigo XXXIV de nossa carta magna, que nos dêem escolas dignas, um sistema de saúde que não seja mais doente que a população, saneamento básico, cultura, lazer, dignidade e pão. Somos a imagem do fracasso quando não forçamos de uma maneira ou de outra, que os “sinhôs” patrões de hoje valorizem a mão de obra, e não olhem um trabalhador somente como um ser descartável, que pode dar a eles só lucro ou conforto. E que por traz daqueles rostos não tão bonitinhos e imaculados como os deles ou com uma voz diferente e vocabulário errado e talvez estranho aos seus singelos ouvidos burgueses, existem famílias, filhos, vidas, pais e mães e que às vezes esses mesmos habitam lugares e comem pratos, que esses mesmos “sinhôs” não proporcionariam aos seus cães importados de língua azul. É nosso, o mesmo fracasso que lambe os cálices dos religiosos, implorando por uma misera hóstia para matar fome, e um gole de vinho santificado para uma maldita sede, pois não sabemos exigir das igrejas e afins que deixem de ser somente intermediários dos céus e façam algo útil com os trinta dinheiros do dizimo, em vez de só aumentar o fausto dos templos, ou financiar a libertinagem de sacerdotes fashion, mais adeptos das artes de um Marques de Sade do que as vontades celestes.As imagens que MV Bill coletou pelo país, e que foram exibidos pela demagoga Rede Globo refletem como espelho dela mesma, o fracasso do povo que não sabe cobrar dessa rede uma influencia melhor nos destinos sociais desses pais; eu disse melhor, pois já é há muito tempo a maior e é quem decide as influencias que ditarão tendências e destinos do país, poderosa e implacável em seus mandos subliminares, impondo modas, políticos barbudos ou coloridos ou Tatis cantando imundos funks, que fariam as mais devassas prostitutas corarem como noviças de tenra idade, para patricinhas deslumbradas quebrarem o barraco numa imitação barata do mundo pobre. Se esse veiculo de comunicação tem esse poder, devemos então exigir que esse poder seja usado para as mudanças significativas que nossa sociedade merece, e não simples migalhas no horário nobre.Devemos sim cobrar uma qualidade cultural melhor, que mostrem aos nossos filhos algo alem da futilidade romântica das novelas ou das animações japonesas de olhos enormes. Se essa emissora se arvora ao posto de deus, quando decide qual vai ser a musica típica do verão, qual será a moda das ruas, ou o assunto das mesas no happy hour, porque então não ser ela o estopim de uma nova mentalidade política e cultural? Porque como fracassados que somos não conseguimos isso.Não conseguimos que nossos políticos não passem também de um bando de laureados doutores da ignorância, mais interessados no eldorado financeiro do cerrado, e o ouro fácil das convocações extraordinárias do que no povo que os elegeram acreditando em promessas tão vagas como utópicas de dentaduras, empregos, segurança ou a terra prometida. Promessas essas, que vem até de quem não deveria por ser um representante do povo, alçado a condição de chefe de estado. Ou será mestre de cerimônias? Pois nos prometeu um espetáculo, só que esqueceu de avisar os artistas principais, principalmente um tal de crescimento tão ansiosamente esperado pela faminta platéia, que só o viu se fazer de mártir, mas ocupa com méritos o trono do poder, como herdeiro dos déspotas fardados ou não, que sugaram a jugular desse povo por anos, décadas, séculos.
Então continuaremos fracassados, vendo as imagens de nossa derrota social como povo, sociedade, nação? Continuaremos a ver nossas desgraças jogadas em nossa cara como frias tortas de pastelão? Continuaremos a passar inertes pelas infâncias assassinadas de nossos meninos?Ou será que um dia teremos a coragem de chutar as portas de nossas instituições e cobrar atitudes validas que resultem em algo concreto?Teremos a consciência de bater nas portas dos quartos de nossos governantes e gritar bem alto na cara deles _ E agora José, vai fazer alguma coisa ou vai ficar ai parado? Temos que tomar alguma atitude, já que temos um belo país e precisamos retira-lo desse estado permanente de arremedo de nação, temos que fazer a dignidade subir o morro, mas não vestido de verde e de FAL na mão, e sim com livros, saneamento básico, cursos profissionalizantes, saúde, empregos, chances, oportunidades, lazer, comida. Temos que ter o estado onipresente, onisciente e onipotente nas favelas, pois é assim que os “patrões” agem hoje como se fossem os verdadeiros detentores do poder publico, é como se tivessem se apossado, das armas e brasões da união estados e prefeituras. É a oficialização do poder paralelo, travestida de incompetência do governo de fato, é a instituição do caos embalado pela sonoridade pornográfica dos proibidões, é a falência das instituições sacramentada pelo prazer onírico do “papel de 10” seja no Leblon ou no Morumbi.Até quando permitiremos isso? Até quando fracassaremos nisso?Até quando o Brasil será o país do futuro, se é que nem temos presente?